Minha admiração por Tomé, o discípulo que duvidou!

Quando prego em algumas igrejas e digo que admiro Tomé, o discípulo que duvidou de Jesus ter ressuscitado, um ar de espanto paira no ar, e a maioria me olha com olhos arregalados, imaginando que vou pregar alguma heresia, ou incentivar alguém a descrença.


Explicando melhor, a qualidade que admiro em Tomé é a sua sinceridade! Não o princípio da dúvida, do "ver para crer", mas o da honestidade. Quantos na igreja o pastor pergunta: "-Quem aqui está sentindo a presença de Deus?" - E todo mundo levanta a mão!!! Será?! Outros, ao invés de viverem o que a carta aos Efésios ensina: "Falai a verdade cada um para com o seu próximo" (Efésios 4), e dizer ao pastor o que acha de errado na igreja, o que concorda e discorda, ou mudarem de igreja, vivem na maior falsidade, sorrindo e abraçando, e no íntimo fica: "-Queima ele, Jesus...queima ele..."


Será que o povo de Deus é ensinado a ser falso, com medo de pecar?! Será que uma capa, um fingimento, pode ser colocado no lugar da sinceridade para com o próximo?? No mesmo episódio de Tomé, o Senhor Jesus não agiu como alguns líderes, que do púlpito flamejam indiretas para os que não se sintonizam com seus interesses. O Mestre, no intuito não somente de repreender, exortar, mas de corrigir Tomé, foi claro, direto: "Vem cá Tomé...põe a mão aqui...vê que sou Eu mesmo..." Não alugou os ouvidos dos outros que não tinham nada a ver com a história, com piadinhas, do tipo: "-Há pessoas aqui em nosso meio que duvidam que eu ressuscitei...sei não..."


Nós somos o Povo de Deus. Um povo eleito, escolhido, para fazermos diferença neste mundo não somente em roupas, aparências, com "não pode isso...não pode aquilo...", mas com caráter de cristão, espelhado em Cristo, vivendo em verdade, sinceridade e honestidade com o próximo.

“Pelo que deixai a mentira, e falai a verdade cada um com o seu próximo". (Efésios 4:17)

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